Brasília recebeu nos dias 20 e 21 de março,
a Reunião Regional da América Latina e do Caribe sobre a Década de
Afrodescendentes. Organizada pela Secretaria de Políticas de Promoção da
Igualdade Racial da Presidência da República (SEPIR/PR) e pelo
Ministério das Relações Exteriores (MRE), o encontro reuniu
representantes dos governos, organismos multilaterais, gestores e
representantes da sociedade civil para estimular a cooperação e troca de
experiências entre os países participantes, por ocasião da Década de
Afrodescendentes.
O objetivo geral do encontro foi a articulação de uma agenda comum e o
fortalecimento dos compromissos assumidos ao longo de 12 anos após a III
Conferência Mundial contra o Racismo, a Discriminação Racial, a
Xenofobia e Intolerâncias Correlatas (III CMR), realizada em 2001 em
Durban, na África do Sul. A reunião foi uma oportunidade para avaliar a
experiência recente, revisitar propostas existentes e estabelecer
prioridades e estratégias de atuação que abrem um novo ciclo na agenda
de enfrentamento ao racismo e à discriminação racial.
O evento contou com diversos painéis de discussão sobre a situação dos
afrodescendentes no Brasil e nos países envolvidos, além de ter abordado
temas como o racismo e a intolerância.
Durante a cerimônia de abertura do evento, no Auditório do Instituto
Rio Branco, em Brasília, o representante residente do Programa das
Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), Jorge Chediek, falou sobre a importância do cumprimento dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM) para todos, independentemente de raça e cor, e lembrou que a maioria das vítimas de violência no Brasil ainda é negra.
“O Brasil, embora tenha avançado muito no alcance dos ODM, ainda tem
uma realidade de iniquidade muito extrema e a dimensão racial é um
elemento muito importante nessa luta”, disse. “Nós estamos trabalhando
com o governo do Brasil para melhorar essa situação”, acrescentou.
A ministra Luiza Barros, que também participou da mesa de abertura do
evento, ressaltou que a cooperação internacional é um dos principais
caminhos para a abertura de uma nova geração de políticas raciais.
“Vamos fazer um esforço para usar os nossos países como referência tendo
sempre em perspectiva uma ação que possa ser feita de maneira
conjunta”, afirmou.
Fonte: http://www.onu.org.br/decada-de-afrodescendentes-e-tema-de-reuniao-sobre-desigualdade-racial-na-america-latina-e-no-caribe/
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