segunda-feira, 24 de novembro de 2014

Debate no Dia da Consciência Negra


Em comemoração ao dia da consciência negra, o NEABI, através do projeto de extensão: "Arte e discussão: valorizando a cultura indígena e afrodescendente no IFRS- Câmpus Erechim" promoveu um debate, que teve como tema os afrodescendentes, para chamar a atenção para a cultura e a história deste povo. 

O debate teve a intermediação de Monique Milkiewicz Rosset e Maurício de Oliveira, integrantes do grupo MENE (Movimento Étnico-Cultural dos Negros de Erechim) e contou com mais de 50 pessoas da comunidade externa e também de estudantes do IFRS. Todos que estavam presentes, puderam conhecer um pouco mais sobre a África, sua história e construir um novo conceito deste povo, além de tirar dúvidas, conversar sobre diversos tipos de preconceito, educação e muito mais!

Agradecemos a todos que participaram e para ficar por dentro de nossas notícias, todos podem curtir e acompanhar as atividades pelo Facebook do NEABI,- IFRS Câmpus Erechim.











quinta-feira, 20 de novembro de 2014

Artistas brasileiros celebram o Dia da Consciência Negra nesta quinta, 20



No dia 20 de novembro comemora-se em 1004 cidades brasileiras o Dia da Consciência Negra. O feriado ainda não é unanimidade entre os estados brasileiros. Há locais como o Acre, o Ceará e o Distrito Federal, em que a data não é comemorada oficialmente. O dia 20 de novembro foi escolhido por marcar a morte de Zumbi, último líder do maior dos quilombos do período colonial, o Quilombo dos Palmares. Comemorada há 30 anos por ativistas do movimento negro, a data foi incluída em 2003 no calendário escolar nacional, e só em 2011 foi instituída uma lei em que transforma o dia 20 de novembro, oficialmente, em dia de Zumbi dos Palmares e da Consciência Negra.
Vinícius Romão posa na Lapa, no Rio(Foto: Roberto Teixeira/EGO)Vinícius já retomou sua rotina normal, mas diz quea prisão mudou sua vida(Foto: Roberto Teixeira/EGO)
Para algumas pessoas, o feriado é mais um no calendário anual brasileiro lotado de datas comemorativas. Para outras, principalmente para o movimento negro, é dia para celebrar o orgulho negro e combater o racismo.
Quem viveu a experiência do racismo na pele foi Vínicius Romão. O ator foi preso em fevereiro deste ano acusado de ter agredido e assaltadouma mulher no Méier, Zona Norte do Rio. Cerca de duas semanas depois, a copeira que acusou Vinícius afirmou em novo depoimento que se enganou ao fazer o reconhecimento do ator como o suposto ladrão. Vinícius foi solto. Mas sua vida nunca mais foi a mesma.
Nove meses depois do ocorrido, o EGOconversou com o ator, que falou sobre as lições que ficaram do episódio. "Aprendi muita coisa: a não julgar as pessoas pela aparência, a ouvir o outro, a me colocar no lugar do outro. Aprendi a aproveitar a vida porque uma atitude, uma escolha, em um segundo a vida pode dar um giro e tudo pode mudar. Vejo as coisas de forma diferente agora. Vejo os casos de pessoas falando que são humilhadas, em shopping, por seguranças, fora os casos das redes sociais, e fico ainda mais horrorizado, sinto na pele", lamenta ele.
Vinícius diz que depois do susto já leva uma vida normal: "Consigo sair de casa, por um tempo isso foi difícil. Hoje faço teatro, dança e vou voltar a trabalhar mês que vem. Volto pra loja de roupas em que estava trabalhando". No entanto, ele reitera as dificuldades que os negros ainda anfrentam no Brasil. "A gente tem que fazer tudo em dobro. Qualquer coisa que você alcança, é julgado ou questionado. Se entra na faculdade o mérito é das cotas. Se alcança um status profissional é porque na empresa tinha que ter um negro. As pessoas vão sempre julgar e você tem que ser sempre mais forte do que isso", afirma.
Além de Vinícius, outras personalidades conversaram com o EGO sobre o tema, entre eles Isabel Fillardis, Thiaguinho, Erika Januza, Rafael Zulu, a funkeira Tati Quebra Barraco e o estudante Renê Santos, que ficou conhecido ao narrar, via twitter, a invasão do tráfico de drogas no Complexo do Alemão e a partir de então criou o jornal 'Voz das Comunidades'. Confira.





Thiaguinho (Foto: Thiago Duran/ Ag. News)
Thiaguinho (cantor)"Acho importantíssimo o Dia da Consciência Negra. Até pra lembrar o sofrimento dos negros ao longo da historia do Brasil, desde a época da colonização do país, e a importância do nosso povo negro para a construção desse Brasil. No mundo artístico o negro sempre teve seu destaque...E continua tendo! O talento vem no sangue. Culturalmente, crescemos com muita arte ao redor. Acredito que cada dia mais o negro ocupa posições melhores na sociedade, mas ainda está muito longe do que sonhamos! Precisamos de muito mais oportunidades pra mostrar nosso valor. Todo negro no Brasil já sofreu preconceito e ainda continua sofrendo. Mas nunca fui impedido de realizar algo por isso".

Isabel Fillardis (Foto: Roberto Teixeira / EGO)
Isabel Fillardis (atriz)
"Esse é um dia em que a gente tem que comemorar os avanços e vitórias, independente de ainda não estarmos satisfeitos. Hoje temos algumas manifestações estereotipadas do preconceito, é inadimissível saber que ainda hoje uma pessoa não quer contratar uma outra para determinado emprego por ser negra. Como a pessoa não enxerga tua capacidade mas vê a cor da sua pele? As pessoas acham que o negro não é capaz. Em 2014 ainda convivemos com o preconceito e intolerância, apesar disso, tivemos avanços em aspectos políticos, sociais e temos que comemorar. É dificil ser negra no Brasil, mas difícil ainda é o fato de ser mulher. A mulher negra ainda fica atrás do homem negro. Se você é artista, piorou, porque a batalha é louca, temos que matar um leão por dia".

Rene Silva (Foto: reprodução/instagram)
Renê Silva (estudante, diretor do jornal Voz das Comunidades)"Existe um estereótipo sobre o negro e ninguém quer se arriscar em quebrar isso.Podemos comemorar nossas conquistas de espaços no mundo, mas ainda lamentar o racismo e preconceito que continua acontecendo em toda parte.Eu vejo hoje que existem poucos negros tendo visibilidade diante do trabalho que realizam, mas muitos estão fazendo muito pela transformação social e não tem importância talvez pra mídia. Comigo já aconteceram algumas situações desagradáveis em que me viam de outra forma só por negro, de favela, pobre, etc. As pessoas que estão do outro lado da história sempre te vêem como coitados, miseráveis e não como esperança de um futuro melhor"

Erika Januza (Foto: Roberto Teixeira / EGO)
Erika Januza (atriz)"O mais importante a ser comemorado é que hoje, os negros, independente de qualquer coisa, estão se sentindo mais orgulhosos da sua raça, da sua cor e conquistando cada vez mais espaço. Existe uma maior aceitação em todos os segmentos e mesmo que não houvesse, nós não nos intimidaríamos com isso. Fico muito feliz e realizada ao ouvir as pessoas chegando para mim e dizendo 'Vai lá e nos representa!'. Ouço muito. Também tenho enorme orgulho daqueles que fazem questão de representar a nossa raça, a nossa cor com verdade. Orgulho daqueles que conquistaram seu espaço. Mostram que é possível sermos e estarmos aonde quisermos. A cor da pele não diz quem você é e muito menos seu caráter. Impressionante o quanto é difícil que isso seja compreendido. Ainda precisamos provar o tempo inteiro. Nossa negro hoje quer se sentir representado em todos os segmentos. Queremos a aceitação da nossa cultura, do cabelo estilo blackpower, da nossa estética e de tudo que faz parte do nosso universo. Temos todos os mesmos direitos. E eu sou feliz pela minha cor, pelo que sou e pelas escolhas que fiz".

Rafael Zulu (Foto: Marcos Serra Lima/EGO)
Rafael Zulu (ator)"Não me considero um militante. Me vejo como um cara que não tem problema em falar as coisas das quais discorda, um cara que denuncia... Acho que esse é um dos grandes papéis que tenho como artista, aproveitar a voz que a maioria das pessoas não têm. Não abro mão disso. Essa semana, por exemplo, já fui convidado pra fazer alguns ensaios, dar entrevista. Porque só essa semana? Porque não no Natal, ou em junho, ou em qualquer outra data? Acredito que a consciência não é negra, ela é humana, a gente vive num país tão preconceituoso, socialmente e racialmente falando, e é um preconceito que acontece de uma maneira tão velada... A consciência, antes de negra, tem que ser humana. A partir do momento que a gente aceita o ser humano a gente não vê nada com olhos preconceituosos. A sensação que eu tenho é de que nossos filhos e netos ainda vão passar por isso. É um pensamento pessimista, mas real, infelizmente".





Xande de Pilares (Foto: Isac Luz/EGO)
Xande de Pilares (cantor)
"Ser um artista negro no Brasil deve ser difícil como ser artista negro em qualquer país, mas eu procuro ignorar esse tipo de coisa, acho que quando encontramos dificuldades em algo que desejamos, a gente valoriza mais. Meu papel na sociedade é levar alegria e transmitir boas mensagens através da música, porque a música é por onde conseguimos penetrar no coração das pessoas e mandar uma mensagem positiva pra que continuemos a batalha. Já sofri preconceito mas não dou confiança pra esse tipo de atitude, se a gente se aborrece é pior. O ser humano que consegue olhar para o outro e agir com qualquer tipo de atitude agressiva é uma pessoa infeliz, que não tem capacidade para caminhar, não tem ideal. Eu não dou confiança pra isso não. Já dizia o poeta 'É precisa saber viver', e saber viver pra mim é dar atenção totalmente aos meus objetivos. Da minha vida, da minha cor eu tenho orgulho".

Tati Quebra Barraco(Foto: Reprodução/Instagram)
Tati Quebra Barraco (funkeira)"Eu nasci assim, tenho muito orgulho da minha cor. Só de ser reconhecida e respeitada, não só no Brasil como no mundo já é um orgulho e um privilégio. Acho que o racismo sempre vai existir, todo dia a gente sofre preconceito. Acho que devem existir leis mais severas não só contra o racismo, mas contra todos os tipos de preconceito. Vou comemorar o dia da consciência negra com os meus amigos reunidos e uma bela de uma feijoada"


Péricles (Foto: Isac Luz/ EGO)
Péricles (cantor)
"Eu vejo que o racismo se apresenta de várias maneiras: Desde não poder frequentar certas casas noturnas por não pertencer ao 'perfil' do lugar até pessoas que se recusam a ser atendidas, por exemplo, médicos negros. Só a educação pode reverter esse triste quadro. Já sofri preconceito de várias maneiras. Desde perder uma vaga de emprego para alguém de cor de pele diferente até ser impedido de comprar uma TV porque o vendedor não me achou capacitado o suficiente. Acredito que estamos longe de algo perto da igualdade almejada. Temos a juventude negra sem perspectiva de um futuro melhor, ainda temos a desigualdade de salários para mulheres negras em todos os setores do mercado de trabalho, ainda, em 2014, vivemos um retrocesso no tocante à intolerância religiosa. Enfim, temos falhas, mas temos muito a comemorar".


Cacau Protásio (Foto: Isac Luz/EGO)
Cacau Protásio (atriz)"Acho que o racismo aqui no Brasil vem perdendo força. Temos dificuldades? Sim, temos! Mas onde há educação oferecida a todos o cotidiano fica e ficará mais suave e o racismo será imperceptível até sumir, eu creio nisso! Ser um Artista Negro no Brasil nos dias de hoje no meu ponto de vista melhorou muito, mas não podemos deixar de lembrar e agradecer a Grande Otelo, Ruth de Souza, Milton Gonçalves... Esses foram os precursores da Raça Negra e passaram pelas dificuldades e abriram caminho para nós facilitando, e muito, nossa chegada".

Fonte: http://ego.globo.com/famosos/noticia/2014/11/artistas-brasileiros-celebram-o-dia-da-consciencia-negra-nesta-quinta-20.html

domingo, 2 de novembro de 2014

Palestra sobre "A cultura Kaingang", com Danilo Braga

Na última quinta-feira, 30 de outubro, foi realizada uma palestra com Danilo Braga sobre a cultura Kaingang. Na oportunidade, todos os presentes puderam refletir sobre a história dos índios no Brasil, suas crenças e tradições, além de seu estilo de vida.

Após a palestra, foi realizada uma dinâmica para continuar a reflexão sobre os preconceitos que enfrentamos em nossa sociedade, além de debater sobre a palestra e a visão que cada um teve após a fala de Danilo.

Agradecemos a todos que participaram!

No mês de novembro, teremos a Semana da Consciência Negra, com diversas atividades e contamos com a presença de todos!





quarta-feira, 22 de outubro de 2014

Ruby Bridges completa 60 anos de vida

O aniversário de Ruby Bridges foi há alguns dias mas deve ser comemorado por todos! 

Ruby foi a primeira criança negra a ir para a escola, com o fim da política de segregação racial nos EUA, em Nova Orleans, em 1960.


Seu primeiro dia de aula foi marcado por xingamentos, medo, racismo. A escola, pasmem, estava vazia, pois os pais não deixaram seus filhos frequentarem o ano escolar com a presença de Ruby. Também não havia professores, apenas umeducador quis dar aula para Ruby. Seus pais foram severamente ameaçados. E, durante meses, ela teve que ir e voltar da escola acompanhada por 4 policiais.

E mesmo quando objetos e xingamentos eram jogados contra seu corpo, com 6 anos de idade, Ruby não desistiu, não chorou, sequer fraquejou. Era uma pequena soldada - palavras de Charles Burks, um dos quatro policiais que a escoltavam.

No ano seguinte, Ruby não estava mais sozinha na escola. Inspirados por sua coragem e pela de sua família outras crianças negras foram matriculadas.





Parabéns Ruby por seus 60 anos de vida!


Vale lembrar que em 1998 foi feito o filme contando a história de Ruby Bridges, mostrando a luta para combater o preconceito e o racismo. 


Fonte: Revista Afirmativa

sexta-feira, 17 de outubro de 2014

Sessão de Cinema com o filme 'Duelo de Titãs'

Na última quinta-feira, 16, realizamos uma sessão de cinema com o filme 'Duelo de Titãs' para refletir sobre questões como o preconceito, o racismo, a valorização do próximo e sobre a aceitação das pessoas  diferentes dos padrões sociais de beleza, comportamento e condição física.

Após o filme foram realizadas duas dinâmicas de grupo, que auxiliaram na reflexão dos temas propostos. Os estudantes participaram ativamente das dinâmicas e refletiram sobre alguns exemplos de preconceito e exclusão que podem ser encontrados no dia a dia.

Agradecemos a todos que participaram e convidamos para participarem da próxima palestra, que ocorrerá no dia 30 de outubro, às 17 horas no IFRS Câmpus Erechim com o tema "A cultura Kaingang", com Danilo Braga.





terça-feira, 16 de setembro de 2014

Jovens africanos registram cotidiano dos lugares em que vivem

A maior parte das fotos publicadas sobre a África em todo o mundo é capturada por pessoas de fora e revela temas como a guerra, a pobreza e a vida selvagem.
Para trazer uma nova percepção, sob o ponto de vista dos próprios habitantes, a estudante do Reino Unido Jessica Bishopp levou câmeras para uma escola em Gâmbia e realizou uma oficina para ensinar os alunos a fotografem e registrarem aspectos do dia a dia de suas casas e bairros.
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Dezoito estudantes participaram do projeto e depois registraram as mais diversas situações cotidianas importantes para suas regiões. As imagens revelam outra visão sobre a cultura, as pessoas e a paisagem, que não aparece na mídia mundial. Além disso, elas mostram momentos íntimos e importantes das famílias, como as festas e os rituais.
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Jessica publicou as fotografias no livro “See What I See” (“Veja o que eu vejo”, em português) e exibiu o trabalho em sua universidade, a London College of Communication.
Veja mais imagens do projeto:









Fonte: https://queminova.catracalivre.com.br/ilumina/jovens-africanos-registram-cotidiano-dos-lugares-em-que-vivem/#

Mulher de 99 anos faz um vestido por dia para crianças na África

Lillian Weber, uma simpática norte-americana de 99 anos, que mora no Estado americano de Iowa, é uma costureira de mão cheia. Há três anos, ela conheceu um projeto que auxilia crianças carentes na África e em outros países e resolveu ajudá-las de uma forma inusitada: confecciona um vestido por dia.
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A “Little Dresses for Africa” (“Pequenos Vestidos para a África”) é uma organização cristã sem fins lucrativos que distribui vestidos para orfanatos, igrejas e escolas. Ao longo dos últimos anos, Lillian já doou mais de 840 peças e diz que espera chegar ao número 1000 em breve, quando completar 100 anos.
Para fazer os vestidos, ela reaproveita fronhas e sempre acrescenta algum detalhe para torná-los mais especiais. Ela não economiza esforços para personalizar suas criações e deixá-las ainda mais bonitas, alegrando a vida de uma menina no outro continente.
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O que torna a história de Lillian ainda mais surpreendente é sua idade, que não a impede de iniciar a produção de um novo vestido todas as manhãs, fazer uma pausa ao meio-dia e terminar no fim da tarde.
A nonagenária costura para para o projeto desde 2011, quando ela e um grupo de mulheres de mais de 80 anos decidiram apoiar a organização. Até agora, o projeto já distribuiu 2,5 milhões de peças em 47 países. Recentemente, Lillian foi indicada para o prêmio “Pay It Forward”, da rede de televisão WQAD.
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Fonte: https://queminova.catracalivre.com.br/ilumina/mulher-de-99-anos-faz-um-vestido-por-dia-para-criancas-na-africa/